sábado, 10 de maio de 2014

Vivarte lança trabalho circense

Grupo realiza apresentações em espaços públicos da cidade 


O “Circo Sirin Sirin” é o mais novo espetáculo de teatro do Grupo Experimental de Teatro de Rua e da Floresta Vivarte. O trabalho é resultado de um processo de vivência, pesquisa e intercâmbio dos integrantes com o Núcleo Pavanelli (SP) e com o povo indígena Huni Kuin. Tal processo já dura quase cinco anos.

 “Aqui em Rio Branco, não temos a tradição da arte circense. Consideramos este trabalho a nossa escola de palhaço e, por isso, não é um espetáculo definido”, conta Dani Mirini, integrante do Vivarte. Conforme caracteriza o trabalho experimental, a peça se transforma a cada apresentação.


O grupo já levou o espetáculo para a Praça ao lado da Biblioteca Pública, ao Calçadão do Mercado Velho, ao Bairro Calafate, ao Parque de Exposições, à Sede do Jabuti Bumbá e à Comunidade da Barquinha Madrinha Chica.

O Circo Sirin Sirin conta com a participação de artistas convidados: Veni Toledo (SP) e Gabriela Lima (RR); e artistas locais: Daniel Lima, Magno Augusto, Maria Rita e Dani Mirini.


REVIRANDO HISTÓRIAS 

Mitologias da floresta e esquetes tradicionais do palhaço urbano se encontram no Circo Sirin Sirin. “O palhaço não é só um personagem que surge num momento da apresentação, é também um ser espiritual, pois nos induz a expor o que temos de ruim para o outro rir”, explica Mirini.


Para ela, o processo de pesquisa possibilitou o grupo (re)conhecer sonhos, entidades e desenvolver uma espécie de fé cênica. O aprendizado é traduzido em todas as linguagens possíveis: além do texto, o grupo mistura também as pinturas e acrobacias tradicionais do circo e das performances indígenas. No espetáculo, a trupe chega, na Amazônia, com pernas de pau, tambores e triângulos.

Num determinado momento, os artistas deixam o circo, desiludidos com falta de estrutura, apoio e incentivo para a arte. A personagem Cacareco busca saídas para dar continuidade à arte circense dentro da floresta.

“Ser palhaço é ter coragem e enfrentar medo do ridículo. Estou rindo mais de mim. Isso nos transforma”, finaliza a artista, firmando, mais uma vez, o convite que o Vivarte faz à transformação por meio da arte.

 A realização é do Grupo e Ponto de Cultura Vivarte, com circulação financiada pelo Fundo Municipal de Cultura, gerenciado pela Fundação Garibaldi Brasil.

Fotos: Talita Oliveira

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